domingo, 8 de maio de 2011

balança, por favor

eu dizia no meio da loucura
a música vai me direcionar

transborda
slevovitsa cachaça
de amêndoa? minha virilha sob a blusa a calça
e a maconha

bons drink
junto dum cara existente na claridade
ele faz fantasma de lençol, de papel,
um gráfico, uma parábola escondida com cálculos
esses de números
(i'm counting all the possibilities)

tchecos gritam na pista
delícia um lugar tão frio pra fora
música do perigo que há
no razoável
do chão


nesse, o vazio sou eu
não para ter a natureza
mas para descontrolar de novo

*

eu dizia no meio da loucura  
ai coração leviano, eu sempre soube chegar no limite, observá-lo, e nisso a língua terrivelmente chama-me louco, chama-me,
sempre soube, as outras coisas é que tenho em aprender,
com dificuldade de escutar
o mundo
dificuldade de acreditar na ação no mundo, ou seja, mim mesmo,
de entender algo que estava aqui antes:
um furacão solto no mar um vendaval
sem ninguém que lá grite
dá recados de como se portar à mesa.

*

"nada vai me alterar."
"eu tenho concentração perfeita."
"às vezes parece que nada altera."

"o silêncio vai direcionar"
"no final de tudo"
"um gajo de forma colorida e leve que se veste e"
"abre os botões da sua camisa."

Nenhum comentário:

Postar um comentário