estive esses dias pensando que mudar de país são os olhos. é um contínuo olhar pros edifícios. olhas pras janelas das casas acesas, as janelas com estantes de livros, crianças e computadores ligados. as casas das pessoas que atendem o telefone e dizem estou em casa.
quero dar um passeio, e o que se vê, quando não se pensa principalmente como se fosse príncipio. quando influi em quem está olhando. isso, diga-se de passagem, são só dez por cento do corpo. o que gera uma necessidade de dar uma volta e depois voltar. lá haverá coisas calmas para serem vistas. lá haverá. por isso são passos na grama, agora. no asfalto, depois, na saída.
os edifícios não caem sobre quem olha. você treme com um pouco de exílio que tinha começado bem antes, como forma de participação. trata-se de uma participação nacional imperceptível, em que o filme é repetido quando se acorda e se deita e é fim de semana. os amigos é a minha juventude sexta e sábado.
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