amigo,
estava aqui a pensar o óbvio. não há nada de exclusivo no antropófago, que é antes um sujeito que encontra a inteligência ao cozinhar o outro. cozinhar, diga-se, é preciso que seja saboroso, não é?
então, por exemplo, os italianos que fazem cada vez mais capoeira. imagino que a ginga se dê num espaço diferente do corpo,
e, entretanto, há tanto de identidade "antropófaga" que se recusa a ver aí um processo de deglutição, por ligar-se ainda a uma ideia nacional.
como se a identidade devesse estar assentada em um pedestal, ou numa pintura (ou mesmo em uma instalação pós-moderna, que o crítico disse intersocial ou intersensorial).
fixidez: isso é tão verdadeiro na leitura que fazemos dos modernistas, que apesar de tudo herdavam um futurismo que queria queimar os museus, não é isso?
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